segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fidelidade


A fidelidade atualmente se encontra subestimada...

Ao se comprometer com alguem fazemos votos pessoais e morais de acatar decadas de fidelidade, pois a fidelidade é uma das condições do amor. Mas nos encontramos ameaçados pela infidelidade todo o tempo, já que bem ou mal, a natureza de seu objeto de desejo é mutável.

Não se pode prometer o amor incondicional e eterno, já qe não estamos no controle dos nossos próprios sentimentos sobre quanto tempo seremos capazes de nos ater a tais compromissos.

A eterna fidelidade nesse caso se liga a ideia de respeito aos seus ideais, a se omitir e subjulgar seus desejos... isso pode parecer completamente injusto e eu ei de concordar, até é!

Por isso afirmo que a fidelidade realmente não tem recebido o devido valor... pois se trata de concordar viver anos sob a ameaça de uma paixão, paixão esta que mudará seu foco, te suspenderá da realidade e talvez ela seja até desejada, e a fidelidade seria a negação do desejo.

O descompasso entre o ideal do amor e a realidade do desejo é incancelavel. Observando que o "eternamente juntos" permanece sob ameaça de uma paixão inesperada.

Hoje posso dizer que acredito em algo que ouvi anos atras de uma amiga, quando conversavamos e ela levantou um ponto interessantissimo quanto ao "eternamente juntos", é provavel que a paixão não seja a mesma, mas o que deverá permanecer é a noção de respeito de um pelo outro. É você respeitar a sí mesmo e o compromisso que firmou. Daí trata-se bem mais de cumplicidade e de se ater a seus valore do que qualquer coisa, e não há nada de facil nisso tudo.

A fidelidade é uma exigência do amor ideal. Claro que se pode observar como a infidelidade atinge cada pessoa dentro de um relacionamento, seja ela consentida ou não, frequentemente causando uma onda de sofrimento em quem foi traído. Já nos casos onde há traição de ambas as partes a paixão dá lugar a cumplicidade erótica, e não lhes resta nada além.

O verdadeiro amor é particularmente exigente, é uma forma de ascetismo, enquanto a libertinagem é uma forma de resignação. É como se sucumbissemos a nós mesmos.

Um comentário:

  1. Engraçado nesse texto a fidelidade ficou meio que tachada de "decisão", saca sem carregar sentimento algum.

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