segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O fim do mal.




"Você é aquele tipo de pessoa inconfiável, seus movimentos são joguinhos manipuladores, seus discursos nem se fala. Já faz tempo que parei de guiar minha vida com suas frases de parachoque de caminhão. Fui embora. Agora de uma vez. Sem volta e sem conversa. Voltei para a casa dos meus pais, mas não por muito tempo. Meu antigo quarto virou uma sala de cinema. Talvez eu volte pra Lisboa. Aliás, não te interessa. Não estou dizendo isso porque no fundo te quero ralando joelho pelas ruas atrás de mim. Não dessa vez. Não vem com bombons, não vem com desculpas, não vem com canções. Não vem. 

Se você tiver a fim de compreender o presente, precisa analisar o passado. Todo ele, dia a dia, cada palavra, seu borderô de atitudes passadas. Dá uma olhada em tudo que você fez e me diz. Viu? A novidade é que o dia que eu sempre prometi que viria, e que você nunca esperou chegar de verdade, veio. Eu cansei. Não sou mais eu.

Contou os anos? Quanto tempo esperei por você? Você crescer, você mudar, você mostrar algum remorso. Você tem de querer. Embora eu queira muito, mesmo eu querendo em dobro, não há como querer por você. Só quem enfrenta longas esperas sabe como é o inferno por dentro. Eu sempre falei, um dia alguém tinha de te dizer não. Eu queria que não fosse eu, porque aí eu poderia ficar numa boa e assistir você sofrer, nem que seja calado num canto, mas sofrendo, mostrando algum arrependimento ou qualquer traço humano. Quem sabe eu até enfiaria os dedos ainda com aneis no meio dos seus cabelos e diria que tudo ficaria bem. Agora é tarde, meu anel já se foi, nem os dedos ficaram.

Só que você sempre dá um jeito de se safar. Ficar seria tolerar suas mancadas. Você precisa perder pra entender onde errou, que isso que você faz é um erro, um dos feios. Que evitar e não tocar mais no assunto não é perdão ou esquecimento. É sufocar. E eu estava sufocando, morrendo na praia em frente ao mar de rosas que você anunciou, cheia de pétalas grudadas no céu da boca, entupindo os bofes, sem ar, uma vontade constante de regurgitar de volta suas garantias de araque. Partes de mim querem ir embora, partes de mim querem ficar. Ainda não terminei de gostar de você. Mas consegui. Agora fui. Porque comecei isso querendo ser sua companheira, passei a cúmplice das suas maldades, e ficar dessa vez vai me fazer sua comparsa. Não é um ‘até amanhã’ nem ‘até breve’ e nem ‘até mais’. É um ‘até você mudar’ ou ‘até você não ser mais quem você é’. Até nunca, então."

(Gabito Nunes)
PS: Acho que encontrei algo que descreve perfeitamente o que houve entre eu e o meu ex. Ele nunca vai ler isso ou perceber tudo isso. Mas eu não me importo, não estou me afogando ou sufocando mais

quarta-feira, 28 de março de 2012

A meta do salto é o céu.


"Você merecia alguém que te levasse para jantar, alguém que te desse flores ou que te levasse ao médico quando se machucasse."

Foram essas palavras que me levaram a chorar, chorar aquele choro doído, sentido, quase mudo por um dia todo.

Me lembro de escrever poemas, e-mail's e tantos recados com as palavras mais belas que eu poderia imaginar, mas não me lembro de receber nada disso de volta. De fato nunca houveram poemas, cartas, mensagens. Não para mim, nunca para mim!

São essas coisas que me fazem questionar se é isso mesmo que eu mereço, ou o porque eu tinha de passar por tudo aquilo. Talvez eu tivesse mesmo de me curvar para aprender algo sobre a vida!

Queria eu tudo aquilo que ofertei, os carinhos, os presentes, as cartas, os recados, os poemas...
Quero o calor do sol na minha pele e não o gosto salgado das lágrimas derramadas...
Quero deixar de me sentir assim tão só, tão diminuta...

Não quero mais me contentar com pouco, porque não sou merecedora de pouco... quero meus poemas, minhas cartas, meus carinhos. Eu quero carregar coisas belas comigo, quero sorrir estrelas e receber coisas boas da vida, das pessoas.

E bem, se eu nunca ganhei uma rosa, ou um poema... talvez seja hora de fazer isso por mim mesma!

Afinal, "a meta do salto é o céu".


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Surpresa


Hoje foi um dia peculiar...
Um daqueles dias que você repensa como você tem vivido e as decisões que tomou!

Acho que consegui caminhar direitinho apesar de inumeros tombos e dores de cabeça, eu soube me dar o tempo necessário para sentir cada pequena perda e cada pequeno ganho e acho que foi produtivo.
Mas me sinto orgulhosa de mim por ser capaz de perdoar os outros (e me poupar da dor de sentir toda a raiva presente).

Interessante né?! Eu me sinto bem por ver que alguem q fez parte da minha vida e me magoou profundamente, hoje feliz... é bem assim, sem nostalgia, magoa ou saudade!
Nada desabou e ninguem morreu no processo, apesar da dor enorme que senti 10 anos atras... passou!

Me sinto bem com essa parte da minha vida...

As amizades que tenho hoje são aquelas que vou manter para a vida inteira, porque se posso passar anos sem ver amigos que amo incondicionalmente e reencontrá-los depois com o mesmo sentimento de saudade e afeto é porque foi feito para dar certo!

Seja ela como for, a dor pode ser enorme e o tempo pode parecer torturar, mas acredite, isso passa! Você só precisa deixar passar.