Não entendo como certas pessoas podem passar tanto tempo presas a própria tristeza... mas acho que até eu devo ter passado por coisas assim algumas vezes, coração algum comporta as próprias mágoas de forma sutil, as vezes te dói mais do que suas palavras expressariam... e eu expressei pouco minhas dores, mas sei que senti todas.
Você só não pode guardar por muito tempo ou sofrê-las em demasia...
Eu tenho passado meus dias aprendendo mais sobre mim já há alguns anos... as lições ultimamente tem sido extremamente gratificantes.
Sei o quanto exijo de mim quanto a minha habilidade de ser tolerante, ainda que decisões alheias interfiram diretamente no meu mundinho... as vezes me sinto como uma daquelas bonecas de plástico duro, sendo moldadas de forma dolorosa.
Mas aprendi uma coisa nova com isso também!
Eu que acreditava no seu humano como um ser único e individual que deve ser respeitado em suas vontades e desejos...
Sei que essa sou eu não opinando com relação a muita coisa!!! É, as vezes decisões alheias podem ter uma impacto enorme na sua vida...
Às vezes por considerar tanto o outro nessa relação, me via me obrigando a me encaixar naquele molde... e normalmente era eu quem estava atenta as minhas dores durante o molde.
Não pretendo me focar tanto no fato de ter sofrido um pouco, ou muito...
A idéia é que o sofrimento seja notado e sentido, mas que não dure tanto a ponto de te tornar amargo.
E que não seja ignorado e guardado, porque normalmente isso volta e te bate como um daqueles boxeadores gigantescos.
Fico grata por ter sido capaz de entender que devo ser eu a me respeitar!
Eu que passei tanto tempo respeitando as vontades e desejos alheios preciso me respeitar, entender que meus limites existem e respeitá-los como eu respeito os limites e desejos dos outros...
Certas coisas a meu respeito merecem tanto respeito e consideração quanto o que eu presto aos outros.
Não preciso ficar esperando que este respeito e entendimento que eu entrego aos outros me seja entregue da mesma forma, mas não serei eu a me machucar... não mais!
Tenho orgunlho de ser.
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